METODOLOGIA

O Observatório de Desafios Sociais resulta da aplicação periódica de um questionário a residentes em Portugal sobre vários temas sociais relevantes. Uma recolha anual permite “tirar uma fotografia” à perspetiva da população portuguesa acerca dos temas em estudo, num determinado ano, mas também acompanhar e monitorizar a evolução destas atitudes ao longo do tempo.

Tópicos do questionário

Os questionários do Observatório de Desafios Sociais incluem vários temas de relevância social, da especialidade de cada investigador e investigadora da equipa do Observatório. As primeiras duas vagas de recolha de dados incluíram dois momentos de recolha, pelos quais se distribuíram os tópicos trabalhados pela equipa do Observatório. A tabela abaixo apresenta os tópicos presentes em cada vaga e momento de recolha até ao momento. O questionário é construído com o objetivo de cumprir uma duração mediana de preenchimento de 15 minutos.

Vaga 1 – 2021/2022Vaga 2 – 2022/2023Vaga 3 – 2024
1ª momento2º momento1ª momento2º momento
Atitudes face à reforma
Trabalho e família
Relação com o trabalho
Hábitos de consumo e poupança
Perceção de corrupção
Assuntos de política nacional
Mindfulness e inteligência emocional
Discriminação e ajustamento
Atitudes face à prostituição
Atitudes face à discriminação interseccional
Atitudes face à reforma
Trabalho e família
Relação com o trabalho
Hábitos de consumo e poupança
Perceção de corrupção
Assuntos de política nacional
Mindfulness e inteligência emocional
Assuntos de política nacional
Atitudes face à prostituição
Atitudes face à discriminação interseccional
Fatores psicossociais de risco em contexto de trabalho
Atitudes face à reforma
Trabalho e família
Relação com o trabalho
Hábitos de consumo e poupança
Perceção de corrupção
Discriminação e ajustamento

Amostra e metodologia de recolha de dados

A metodologia de recolha de dados do Observatório de Desafios Sociais é, em geral, idêntica em todos os momentos, sendo o trabalho de campo realizado por uma empresa especializada em estudos de opinião. 

Assim, são recolhidas amostras representativas da população portuguesa, com um mínimo de 1000 participações completas e validadas, que cumprem quotas de sexo, classe etária (3 grupos: 18-34 anos, 35-54 anos e 55+ anos) e região (NUTS II de 2013). As participações são recolhidas através de entrevistas autoadministradas online (método C.A.W.I. – Computer-Assisted Web Interviewing), à exceção do primeiro momento da Vaga 1, na qual a metodologia de recolha foi mista, nomeadamente online e telefónica (método C.A.T.I. – Computer-Assisted Telephone Interviewing). 

Questões éticas

A implementação deste estudo cumpre os standards e princípios éticos descritos na Declaração de Helsínquia e no Código Ético de Conduta Académica da Universidade do Porto, relativamente ao tratamento de seres humanos durante a execução de investigação científica. Assim, são respeitados os princípios de autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça. É obtido o consentimento informado dos participantes antes do início da recolha de dados, sendo os mesmos informados do objetivo do estudo, dos riscos e benefícios de participação, da possibilidade de desistência em qualquer momento sem prejuízo para o próprio e do carácter anónimo e confidencial dos dados. São ainda providenciados contactos de e-mail dos membros do Observatório responsáveis por cada tema do questionário, para possibilitar a colocação de dúvidas por parte dos participantes.

A empresa que realiza o trabalho de campo cumpre sempre o indicado no Regulamento de Proteção Geral de Dados da UE (RGPD). As bases de dados finais são anonimizadas, pelo que os dados do Observatório não permitem a identificação dos participantes por parte dos investigadores e investigadoras do Observatório e outros com acesso a estes dados.